sexta-feira, 17 de outubro de 2008

POEMA


PAISAGEM HUMANA

O horizonte, uma linha que divide o alcance do olhar
e tudo mais que ele não vê.
Logo, ele é o início de tudo.
O som é o corpo do horizonte. A linha e o alcance.
Logo, a paisagem do todo.
O canto é a multifisica voz dos instrumentos carnais.
O rebatedor da alquimia.
Por isso nos vemos tão lindos em sua voz. Mineral. Negra.
E viramos minerais, negros e sua voz. Arrebatados.
Rubi, carinhosa vertigem, nos põe no topo do mirante, e nos toca com
a música nascida na voz dos ventos, o sopro. Entre o distante e o
alcance.
Sua voz canta bem pertinho do ouvido do olhar.


POEMA
Gero Camilo.
IMAGEM
Criação, imagem e performance: Nadam Guerra
Preparação corporal: Jaya Pravaz

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