segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mama África


Hoje presto uma homenagem a cantora Mirian Makeba que faleceu nessa noite de domingo de uma parada cardiáca depois de ter participado de um show a fovor do escritor Roberto Saviano, ameaçado de morte pela máfia, na região de Nápoles (Sicília).
Voz lendária do continente africano e um símbolo da luta contra o regime do apartheid, Miriam Makeba passou mal depois de ter cantado por 30 minutos em um show dedicado ao jovem autor do livro "Gomorra" em Castel Volturno.
Carreira
Miriam Makeba (Joanesburgo , 4 de março de 1932) é uma cantora sul-africana também conhecida como “Mama Afrika” e grande ativista pelos direitos humanos e contra o apartheid em sua terra natal.
Seu momento decisivo aconteceu em 1960, quando estrelou o documentário anti-apartheid Come Back, Afrika, apresentado no Festival de Veneza daquele ano, com ela presente. A recepção que teve na Europa, e as condições que enfrentava na África do Sul fizeram com que Miriam resolvesse não retornar ao país, o que fez com que seu passaporte sul-africano fosse revogado.
Ela foi então para Londres, onde se encontraria com o cantor e ator negro norte-americano Harry Belafonte, que na época gozava do auge do sucesso e prestígio e seria o responsável pela entrada de Miriam no mercado americano. Através de Belafonte, também um grande ativista pelo direitos civis nos Estados Unidos, Miriam gravou vários discos de grande popularidade nos EUA e sua música “Pata Pata” tornou-se um estrondoso sucesso mundial. Em 1966 os dois ganhariam o Prêmio Grammy, na categoria música folk, pelo disco An Evening with Belafonte/Makeba.

Em 1963, depois de um testemunho passional sobre as condições dos negros na África do Sul perante o Comitê contra o Apartheid das Nações Unidas, ela teve seus discos banidos do país pelo governo racista ; seu direito de regressar ao lar e sua cidadania sul-africana foram cassados, tornando-se uma apátrida.

Miriam Makeba faleceu aos 76 anos de idade.

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