FICHA TÉCNICA Brasil - 2007 - 95 min Direção: Carlos Alberto Ricceli Roteiro:Bruna Lombardi Direção de Fotografia: Marcelo Trotta Direção de Arte: Mara Abreu Música:Sérgio Bártolo e Zé Godoy Edição: Marcio Hashimoto Soares Diretor- Assistente: Kim Ricceli Produtores: Bruna Lombardi e Carlos Alberto Ricceli Produtores Associados: Daniel Filho e Geórgia Costa Araújo Co-produção: Globo Filmes e Coração da Selva
SINOPSE Um herói anônimo; um golpista; um cara normal, que só quer trabalhar e ser feliz. Jovens deslumbrados pela idéia da fama; jovens atormentados pela estranheza da vida. Um homem que está morrendo; uma criança que vai nascer. Uma mulher que leva seu trabalho a sério; uma amiga para quem a falta generalizada de ética justifica a traição e a mentira. Diálogos certeiros e pinceladas rápidas dão vida ao complexo mosaico de tipos humanos de O Signo da Cidade. Numa seqüência ágil de cenas curtas, o filme atira uns na direção dos outros para deflagrar conflitos e expor feridas, mas também para criar encontros casuais e oportunidades randômicas de redenção e salvamento.
ELENCO: Bruna Lombardi Juca de Oliveira Eva Wilma Malvino Salvador Denise Fraga Graziella Moretto Cristina Mutarelli Sidney Santiago Luis Miranda
PRÊMIOS: **Melhor filme - Escolha do Público no FIC Brasília 2007
**Grande vencedor do Festicine Goiânia nas categorias de Melhor Filme, Melhor Roteiro, Melhor Ator para Juca de Oliveira e Melhor Ator Coadjuvante para Luis Miranda.
**Amazonas Film Festival - 4º Mundial do Filme de Aventura - Melhor filme - Escolha do Público.
SOBRE O FILME Com direção de Carlos Alberto Riccelli e roteiro de Bruna Lombardi, O Signo da Cidade é o segundo longa-metragem da Pulsar, produtora que realizou documentários, reportagens e o programa de entrevistas Gente de Expressão antes de estrear no cinema com a comédia dramática Stress, Orgasm and Salvation, filmada em Los Angeles e a ser lançada em 2008.
Co-produção da Globo Filmes e Coração de Selva ("Antônia"), o novo filme reúne um elenco de peso^ Bruna Lombardi, Juca de Oliveira, Eva Wilma, Denise Fraga, Graziela Moretto, Malvino Salvador, Luis Miranda, Fernando Alves Pinto ^ em torno de uma história urbana e contemporânea, atravessada por tramas múltiplas e por personagens que cumprem um percurso que vai da solidão à descoberta da espiritualidade.
As interpretações de um elenco escalado cuidadosamente somam aos personagens densidade e leveza. Os veteranos Juca de Oliveira e Eva Wilma têm passagens tão breves quanto marcantes nos papéis de Aníbal, pai de Teca, e Adélia, amiga da mãe da astróloga. Mônica, a amoral colega de Teca, personagem que é um misto de comicidade e desespero, foi escrita para a atriz Graziella Moretto. Denise Fraga cria a desnorteada Lydia e Cristina Mutarelli é uma cliente endinheirada e dependente da astróloga. Malvino Salvador interpreta o ético Gil em seu primeiro trabalho no cinema. Fernando Alves Pinto, de "Terra Estrangeira", cria um patético Devanir e o comediante Luís Miranda muda de tom para viver com profundidade o enfermeiro Sombra.
O elenco traz ainda uma série de boas surpresas. Sidney Santiago, premiado no Festival do Rio pelo papel principal em Os Doze Trabalhos (2006), alisou o cabelo e tirou as sobrancelhas para viver o travesti Josi em Signo. Laís Marques, de "Contra Todos", cria a perturbada jovem Júlia. Thiago Pinheiro constrói o sensível Luis, quase um anjo caído. Kim Riccelli, também diretor-assistente do filme, estréia no papel do consciente e sensível Gabriel.
O Signo da Cidade também marca a estréia em longas do diretor de fotografia Marcelo Trotta e do montador Marcio Hashimoto Soares. "Queria que o filme tivesse a beleza da dureza da cidade", explica Riccelli. Para chegar ao efeito, a opção foi rodar 100% das cenas em locações paulistanas. Os lugares com a atmosfera certa foram garimpados entre dezenas de casas, apartamentos e áreas externas.
É isso aí, o soul é brasileiro! Disto já sabemos desde Tim Maia, Ed Motta, Sandra de Sá, etc. Mas nunca se ouviu um Soul tão profundo, tão original e ao mesmo tempo tão brasileiro. Há sempre um tiquinho de samba por detrás da voz que canta e encanta. Decentemente e sofisticado.
E há mais uma estória daquelas que se contam no meio musical. Sempre gostava de cantar, claro que sim, estudou direito nos Estados Unidos, foi parar na música por acaso, participou disto e daquilo, conheceu Ed Motta e mais gente importante e interessante e finalmente saiu este CD with a little help from some friends como o já mencionado Ed Motta, Seu Jorge, Funk'n Lata e demais outros. Um disco muito bem feito, sem exageros, compromissos ou modismos, mas sim explorando todas as possibilidades do estilo e as suas variantes. Desde passagens inclinadas ao jazz até ao puro funk de baile, passando pelo Motown, pelo Style Council, pelo Bebop, Stevie Wonder e o Samba Canção — não sei por onde mais. E soa como se nunca tivesse feito outra coisa na vida. Soul Samba Funk & suingue. O Soul brasileiro puro e belo.
Esse filme que vou postar hoje é o novo trabalho da minha ex professora Lina Chamie, grande diretora...
Sinopse Heitor (Marco Ricca) e Júlia (Alice Braga) namoram há algum tempo. Após terem uma discussão violenta ao telefone, Heitor decide pegar o carro e encontrá-la em sua casa, para resolver a situação. Através de sua viagem pelas ruas engarrafadas de São Paulo ele passa a analisar as possibilidades do amor, perda e morte em um grande centro urbano.
Elenco Marco Ricca (Heitor) Alice Braga (Júlia) Fernando Alves Pinto (Thiago)
O filme acabou de ganhar o Prêmio Especial do Juri no Festival de Cinema de Quito - Equador...
Moda e música sempre andaram juntas. Prova disso é a quantidade de videoclipes sensacionais já produzido por artistas pop. Vou colocar apenas um da lista dos clipes mais fashion feita por uma crítica de moda. "Don't Know What To Do With Myself" da banda The White Stripes já é bem conhecido, mas merece ser visto sempre, já que foi feito por Sofia Coppolla, uma diretora competente e que sempre sabe usar muito bem a música em seus filmes como Maria Antonieta e Encontros e Desencontros. Mas esse clipe não merece ser visto apenas por causa dela, o melhor é ver Kate Moss que é perfeita...
Os clipes fashion são: 1. George Michael - "Freedom 90" 2. George Michael - "Too Funky" 3. Chris Isaak - "Wicked Game" 4. The White Stripes - "I Just Don't Know What To Do With Myself" 5. Madonna - "Vogue" 6. Gwen Stefani - "What You Waiting For?" 7. CSS - "Let's Make Love and Listen to Death From Above" 8. M.I.A. - "Galang" 9. Michael Jackson - "In the closet" 10. David Bowie - "Life On Mars?"
Não concordo muito com essa lista, mas tudo bem...
Após cometer seus crimes, um barbeiro assassino entrega os cadáveres das vítimas para sua parceira, uma padeira que queima as "provas" enquanto faz tortas.
Direção: Tim Burton Elenco: Alan Rickman (Juiz Turpin), Timothy Spall, Helena Bonham Carter (Mrs. Lovett), Johnny Depp (Sweeney Todd), Sacha Baron Cohen (Signor Adolfo Pirelli), Laura Michelle Kelly (Lucy Barker)
Estréia prevista para fevereiro de 2008 no Brasil...
Sean Penn filma a jornada de um jovem solitário em "Into the Wild"
Em "Into the Wild", seu quarto longa-metragem como diretor, o ator americano Sean Penn filma a história verídica de um jovem que saiu de casa rumo ao Alasca e nunca mais retornou.
"Into the Wild" acompanha a viagem solitária realizada por Chris McCandless (Emile Hirsch, de "Alpha Dog") - que, inconformado com as constantes brigas dos pais, deixou o conforto de casa para trás e decidiu viver por conta própria, em contato com a natureza. Entre 1990 e 1992, ele caminhou de Dakota do Sul até o Alasca, onde passou quatro meses, até morrer supostamente de inanição.
Penn levou dez anos para convencer os pais de McCandless (interpretados por William Hurt e Marcia Gay Harden) a autorizá-lo a adaptar para o cinema o best-seller "Na Vida Selvagem", de Jon Krakauer. A maioria das cenas foi rodada nos lugares onde a jornada real aconteceu.
O ator e cineasta já declarou esperar que o filme incentive os jovens a "se esforçarem para sair de sua zona de conforto" - sem, no entanto, "colocar sua vida em risco de maneira insensata".
Uma multidão se reuniu em Amsterdã para protestar contra o plano do governo holandês de proibir o uso e a comercialização de cogumelos alucinógenos. A passeata foi organizada pelo grupo Red de Paddo.
Trecho de uma entrevista de Leon Cakoff, diretor da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
"Críticos e cinéfilos precisam reaprender que filmes e seus autores podem existir independentemente de suas opiniões. Críticos e cinéfilos precisam parar de querer educar os cineastas com suas opiniões ou desconsiderações excludentes. [...] Críticos devem conduzir filmes e seus pensamentos com as fragilidades requeridas. Não devem entregar produtos aos consumidores finais já destruídos na embalagem. Devem deixar a própria vida sedimentar os fragmentos de filmes que dão base a nossos conceitos e sabedorias. Os filmes devem voltar a ser vistos como materiais de construção."
Abaixo, foto do novo filme de Ang Lee que está dando o que falar no mundo todo...
A Xangai dos anos 40, durante a ocupação japonesa, é cenário para um drama temperado com espionagem, romance e apimentadas doses de sexo. A jovem Wang Chiah-Chih envolve-se com a Resistência e tem por tarefa aproximar-se de um figurão da política local, aliado dos japoneses, e servir de isca para eliminá-lo. O desafio maior é abrir uma brecha na barreira de segurança que cerca o cauteloso empresário e atraí-lo a uma armadilha. Para tanto, ela usa de muita sedução. Uma inesperada reviravolta, no entanto, pode fazer sucumbir todo o plano. O filme foi premiado com o Leão de Ouro no festival de Veneza de 2007, dois anos depois de o diretor Ang Lee ganhar o mesmo prêmio com O Segredo de Brokeback Mountain. A produção rendeu ainda o prêmio Osella de melhor fotografia para o mexicano Rodrigo Prieto.
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas O amor comeu metros e metros de gravatas O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte
nem parece que foi ontem que o acontecido aconteceu nem parece que o esperado num instante desapareceu nem parece que foi lá nem me parecia ser um lar mas por favor não me faça perder meu tempo a cada hora e a cada momento que eu desperdiço com você não sei se no fim tudo vai voltar nem parece que o que aconteceu repercutiu demais pra mim nem parece que minhas lágrimas tiveram fim nem parece que eu chorei nem parece que eu quis chorar
Elefantes se embriagam, derrubam poste e morrem eletrocutados
Nova Délhi, 23 out (EFE).- Pelo menos seis elefantes asiáticos, entre eles três filhotes, morreram eletrocutados depois de se embriagarem com cerveja e baterem em cabos de alta tensão no nordeste da Índia, informou hoje uma fonte oficial.
O incidente aconteceu neste domingo, no povoado de Chandan Nukat.
Uma manada de cerca de 40 elefantes bebeu por engano a cerveja de arroz preparada pelas tribos da região de Meghalaya. Em seguida, eles começaram a correr pelos arrozais.
"Um dos elefantes tentou esfregar o lombo num poste elétrico, que não resistiu ao seu peso e caiu. O animal, então, sofreu um contato direto com o cabo de alta tensão", disse o ativista Dipu Marak, em declarações à agência indiana "Ians".
Várias testemunhas e funcionários disseram que viram o elefante, um macho adulto, retorcendo-se de dor e barrindo. O som atraiu vários outros, que sofreram o mesmo destino.
"Era patético ver a um elefante atrás do outro se electrocutando diante de nossos olhos. Morreram seis no total, inclusive três filhotes", disse um ancião do povoado, T. Sangma.
"Mais elefantes poderiam ter morrido. Mas alguns dos aldeões conseguiram afastar do cabo o resto da manada", acrescentou.
Nos últimos meses, houve vários casos de elefantes causando danos em áreas de Meghalaya e na região vizinha de Assam, especialmente nos povoados onde as tribos elaboram cerveja de arroz, disse à "Ians" o especialista Kushal Konwar Sharma.
Os elefantes embriagados se enfurecem com facilidade e destroem choças e celeiros, além de atacar os habitantes das aldeias.
O aumento de ataques contra pessoas também se deve, segundo os especialistas, ao fato de que seu habitat está cada vez mais ameaçado pelas atividades humanas.
Na região de Assam, os elefantes mataram 239 pessoas nos últimos cinco anos. No mesmo período, 265 deles morreram, a maioria vítima de atos de vingança de humanos.
Assam e Meghalaya têm cerca de 6 mil elefantes asiáticos.
Oh, pedaço de mim Oh, metade afastada de mim Leva o teu olhar Que a saudade é o pior tormento É pior do que o esquecimento É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim Oh, metade exilada de mim Leva os teus sinais Que a saudade dói como um barco Que aos poucos descreve um arco E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim Oh, metade arrancada de mim Leva o vulto teu Que a saudade é o revés de um parto A saudade é arrumar o quarto Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim Oh, metade amputada de mim Leva o que há de ti Que a saudade dói latejada É assim como uma fisgada No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim Oh, metade adorada de mim Lava os olhos meus Que a saudade é o pior castigo E eu não quero levar comigo A mortalha do amor Adeus
Tudo sendo arrumado para mais um dia de gravação do longa que nunca sai "Todos os Dias". Estamos dentro de um apartamento na Barra Funda, Jiddu Pinheiro sendo maquiado e Talita Castro na varanda fumando um cigarro enquanto espera a sua hora. De repente Talita pega o violão e começa a tentar tirar umas músicas... Ela fala que apenas lembra uma música do Paulinho Mosca com quem namorou e logo começa a cantar "O Que Você Faria" e todos grudados numa pequena varanda tentando acompanhar o ritmo dela. Toda equipe lá curtindo aquele momento ouvindo Talita soltar voz. Ela é linda, um doce de pessoa, suas histórias engraçadas deixavam toda a equipe inexperiente com mais vontade de trabalhar. Até mesmo quando resolvemos tomar umas enquanto o Jiddu voltava da peça que ele tava encenando no teatro da Faap.
Bons momentos que fizeram aqueles 5 meses sem dormir e comer direito valerem a pena.
Obs.: Além de ótima pessoa, é uma puta atriz e umagrande DJ... Sente só...
Não sou de assistir novela, a única que fazia eu sentar na frente da TV foi "Paraíso Tropical", mas não estou aqui pra discutir quem matou Taís. Talita Castro é a vilã da novela "Amigas e Rivais" do SBT. Confesso que vi a novela algumas vezes apenas por causa da Talita e do Marcelo, grandes atores que adoro.
Não sou igual meu amigo Diego que conhece tudo de tudo, pelo menos vou descobrindo aos poucos... No momento ando me viciando em Cat Power... em breve um video dela por aqui...
Charlyn Marie Marshall ou Chan Marshall é a cantora que está por trás de tudo da banda Cat Power.
Nascida em Atlanta, Georgia em 21 de janeiro de 1972, filha de um pianista, desde muito cedo em contato com a música, largou e ensino médio e foi morar em Nova York. Lá, sob o nome de Cat Power, realizou seu primeiro show em um Pub no Brooklin, segundo ela uma apresentação de improvisações, entre 1992/93.
Em 1994 abriu alguns shows da cantora Liz Phair e conheceu Steve Shelley (baterista do Sonic Youth) e Tim Foljahn (guitarrista do Two Dollar Guitar), que a encorajaram a gravar seus dois primeiros álbuns: "Dear Sir"(1995) e "Myra Lee"(1996). Ambos foram gravados em Nova York no mesmo dia, em dezembro de 1994.
Em 1996 assinou com a gravadora Matador e gravou seu terceiro álbum entitulado "What Would the Community Think", lançando o clipe do single "Nude as the News". Após uma turnê de 3 meses em 1996, Chan abandonou a cena musical para trabalhar como babá em Portland, no Oregon e depois se mudou para uma fazenda em Prosperity na Carolina do Sul com seu namorado Bill Callahan (Smog).
Chan Marshall planejava abandonar a música definitivamente, mas após uma noite de pesadelos surgiram as letras que iriam compor o álbum "Moon Pix", gravado no Sing Sing Studios em Melbourne na Austrália. Com elogios da crítica, Cat Power passou a ser reconhecida pela cena do Indie Rock.
A cantora americana foi convidada a fazer o acompanhamento musical do filme mudo "A Paixão de Joana d´Arc", uma produção francesa de 1928.
Em seus shows eram apresentados novos materiais e muitos covers, que deram origem ao álbum "The Covers Record" (2000), uma coletânea de versões tocadas por Chan entre 1998/99.
Em 2003, Cat Power voltou com canções novas no super elogiado álbum "You are free" que conta com a participação de músicos como Eddie Vedder e Dave Grohl.
No ano de 2004, ela lançou seu primeiro DVD chamado "Speaking for Trees", acompanhado de um CD de áudio. Em 1996, Chan interrompeu sua turnê pelos EUA e pela Inglaterra por motivos de saúde. Mais tarde a própria cantora revelou ao The New York Times que estava em depressão profunda e com tendências suicidas devido ao uso de substâncias químicas e álcool, que passaram a fazer parte do cotidiano da cantora durante os ininterruptos shows e turnês desde 1998.
Após tratamento psquiátrico no Miami's Mount Sinai Medical Center, Chan Marshall retornou recuperada e lançou aquele que é considerado o seu mais bem elaborado álbum: "The Greatest" de 2006. Esse disco tem a colaboração de Al Green e do guitarrista Teenie Hodges. Um flerte da musa indie com o soul.
Cat Power anunciou em seu MySpace o lançamento em breve de um novo album, entitulado "The Covers Record vol.2"
Recebi a notícia em Oviedo, uma charmosa cidadezinha do norte da Espanha onde estou filmando, de que Bergman tinha morrido. Um amigo em comum telefonou e me deram o recado no set. Bergman disse para mim uma vez que não queria morrer num dia ensolarado, e, como eu não estava lá, posso apenas desejar que ele tenha tido o tempo ameno que todos os diretores preferem.
Já disse isso antes para pessoas que têm uma visão romântica dos artistas e acham que a criação é sagrada: no final, a arte não é capaz de salvá-lo. Não importa quantos trabalhos sublimes você faça (e Bergman nos deu um menu de fantásticas obras-primas do cinema), eles não o protegem da fatal batida à porta que interrompeu o cavaleiro e seus amigos no final de “O Sétimo Selo”. E da mesma forma, num dia de verão de julho, Bergman, o grande poeta cinematográfico da mortalidade, não pôde prolongar seu próprio xeque-mate, e o melhor cineasta do meu tempo se foi.
Fiz piadas sobre a arte ser o catolicismo dos intelectuais, ou seja, uma esperançosa crença na vida após a morte. Melhor do que continuar vivendo nos corações e mentes do público é continuar vivendo no próprio apartamento, é assim que eu vejo. E certamente os filmes de Bergman continuarão a viver e serão vistos em museus e na TV e vendidos em DVDs, mas tendo-o conhecido, isso é apenas uma compensação banal, e tenho certeza de que ele ficaria muito contente em trocar cada um dos seus filmes por mais um ano de vida. Isso o teria dado perto de 60 aniversários a mais para continuar fazendo filmes; uma notável produção criativa. E, na minha imaginação, não tenho dúvidas de que seria dessa forma que ele usaria seu tempo extra, fazendo a coisa que ele mais gostava entre todas as outras, rodando filmes.
Sem preocupação com a bilheteria Bergman gostava do processo. Ele não se preocupava muito com as respostas aos seus filmes. Ele gostava quando era apreciado, mas como me disse uma vez, “Se não gostam de um filme que eu fiz, fico chateado – por cerca de 30 segundos.” Ele não estava interessado nos resultados das bilheterias, mesmo quando os produtores e distribuidores telefonavam para ele com os números do fim de semana de estréia, que entravam por um ouvido e saíam pelo outro. Ele dizia: “Até o meio da semana o prognóstico extremamente otimista deles vai despencar para nada.” Ele gostava da aclamação da crítica, mas nem por um segundo precisava dela, e apesar de querer que o público gostasse de seu trabalho, ele nem sempre tornou seus filmes mais fáceis de assimilar.
Ainda assim, aqueles que se empenharam um pouco em decifrá-los tiveram seus esforços recompensados. Por exemplo, quando você percebe que ambas as mulheres em “O Silêncio” são de fato apenas dois aspectos conflitantes da mesma mulher, o filme que do contrário é enigmático, abre-se como que por encantamento. Ou, se você estiver por dentro da filosofia dinamarquesa antes de assistir “O Sétimo Selo” ou “O Rosto”, certamente ficará mais fácil, mas os dons de Bergman como contador de histórias eram tão fantásticos que ele conseguia manter o público atento e cativo mesmo com uma obra difícil. Ouvi pessoas saindo de alguns filmes dele dizendo: “Não entendi bem o que acabei de ver mas fiquei colado à poltrona em cada cena.”
A fidelidade de Bergman era com a teatralidade, e ele foi também um grande diretor de palco, mas seu trabalho no cinema não trazia informações só do teatro; tinha influências também da pintura, música, literatura e filosofia. Seu trabalho investigou as preocupações mais profundas da humanidade, fazendo com que seus poemas de celulóide fossem freqüentemente profundos. Mortalidade, amor, arte, o silêncio de Deus, a dificuldade das relações humanas, a agonia das dúvidas religiosas, casamentos falidos, a inabilidade das pessoas em se comunicarem.
O que responder a um gênio? E apesar disso tudo, era um homem amável, divertido, gostava de fazer piadas, era inseguro quanto a seus imensos talentos, encantado pelas mulheres. Conhecê-lo não era como entrar de repente no templo criativo de um gênio formidável, intimidador, depressivo e introspectivo que entoava complexas epifanias com um sotaque suíço sobre o terrível destino do homem em um universo sombrio. Era mais assim: “Woody, tive esse sonho bobo em que eu apareço no set para fazer um filme e não consigo me decidir onde colocar a câmera; o ponto é, sei que sou bom nisso e que venho fazendo filmes há anos. Você já teve esses sonhos nervosos?” ou “Você acha que seria interessante fazer um filme em que a câmera não se move um centímetro e os atores somente entram e saem de enquadramento? Ou as pessoas simplesmente ririam de mim?”
O diretor sueco, Ingmar Bergman (Foto: New York Times) O que alguém responde a um gênio no telefone? Eu não achava que era uma boa idéia, mas nas mãos dele acho que teria saído algo especial. Afinal, o repertório que ele inventou para explorar as profundidades psicológicas dos atores também teria soado absurdo para aqueles que aprendem a filmar de uma forma ortodoxa. Nas escolas de cinema (fui expulso da Universidade de Nova York bem rápido quando fui aluno de cinema lá nos anos 50) a ênfase está sempre no movimento. Essas são fotografias em movimento, ensinam para os alunos, e a câmera deve se mover. E os professores estavam certo. Mas Bergman colocava a câmera no rosto de Liv Ullmann ou de Bibi Andersson e a deixava lá, sem qualquer movimento, e o tempo passava, e mais tempo se passava, e uma coisa estranha e maravilhosa própria de seu brilhantismo acontecia. O espectador era sugado para dentro da personagem e, em vez de entediado, ficava intrigado.
Bergman, por todas as suas idiossincrasias e obsessões religiosas e filosóficas, era um contador de histórias que não sabia deixar de entreter mesmo quando sua mente estava dramatizando as idéias de Nietzsche ou Kierkegaard. Eu costumava ter longas conversas ao telefone com ele. Ele ligava da ilha onde morava. Nunca aceitei seus convites para visitá-lo porque não gostava da idéia de viajar de avião, e não me apetecia voar num avião pequeno para um pontinho no mapa próximo à Rússia para o que eu imaginava que seria um almoço regado a iogurte. Nós sempre discutíamos filmes, e obviamente eu o deixava falar muito mais porque me sentia privilegiado ouvindo seus pensamentos e idéias. Ele projetava filmes para si próprio todos os dias e nunca se cansava de assistí-los. Todos os tipos, mudos e falados. Para dormir ele assistia a algum filme que não o fizesse pensar para relaxar sua ansiedade, às vezes um filme de James Bond.
Como todos os grandes cineastas como Fellini, Antonioni e Buñuel, por exemplo, Bergman recebeu suas críticas. Mas, perdoando alguns lapsos ocasionais, todos os filmes desses artistas ecoaram profundamente em milhões de pessoas ao redor do mundo. De fato, as pessoas que mais conhecem sobre cinema, aqueles que fazem filmes – diretores, escritores, atores, diretores de fotografia, editores – vêem o trabalho de Bergman com a mais alta reverência.
Pelo fato de eu ter elogiado seu trabalho com tanto entusiasmo ao longo de décadas, quando ele morreu muitos jornais e revistas me ligaram para fazer comentários ou dar entrevistas. Como se eu tivesse algo de grande valor para acrescentar às notícias da morte além de mais uma vez simplesmente exaltar sua grandeza. Como ele me influenciou, perguntaram para mim? Ele não poderia ter me influenciado, respondi, ele era um gênio e eu não sou um e a genialidade não pode ser aprendida ou sua mágica ser transmitida.
Quando Bergman surgiu em Nova York como um grande cineasta, eu era um jovem escritor de humor e comediante da noite. Será que o trabalho de alguém pode ser influenciado tanto por Groucho Marx quanto por Ingmar Bergman? Mas consegui absorver uma coisa dele, algo que não depende de gênio nem de talento, mas algo que pode de fato ser aprendido e desenvolvido. Estou falando sobre o que é informalmente chamado de ética de trabalho, mas na verdade é simplesmente pura disciplina.
Aprendi com seu exemplo a tentar fazer sempre o melhor filme que eu sou capaz de fazer naquele momento, nunca me submetendo ao mundo maluco dos sucessos e fracassos ou sucumbindo a interpretar o papel glamouroso do diretor de cinema, mas sim terminando um filme e partindo para o próximo. Bergman fez cerca de 60 filmes em sua vida, eu fiz 38. Pelo menos, se não posso chegar à sua qualidade, talvez possa chegar perto da quantidade.
Woody Allen Especial para o 'The New York Times' Tradução: Eloise De Vylder
Sou homem, não tenho TPM, então não posso culpar a menstruação que parece estar chegando. Não briguei com ninguém, então não posso culpar uma pessoa por causa disso. Não perdi o emprego, então nem reclamar da vida amargurada que está batendo na porta, eu posso. Ninguém morreu, então não precisa chegar e dizer "meus sentimentos". Não terminei o namoro pois nem namorando eu estou. Não trombei com nenhuma porta dessa vez então não posso culpar a dor de ter machucado o supercílio. Não cai e nem derrubei ninguém. Não quero mandar ninguém à merda dessa vez.
Acontece que o acontecido aconteceu, baquiei e comecei a chorar.
Mas hoje nem parece que eu chorei, nem parece que fiquei deitado no sofá escutando a voz melancólica da Feist entrar nos meus ouvidos e me acabar em lágrimas!
A vida é assim, ela te pega desprevinido e tenta dar uma sacudida e você tenta fugir, mas ela é mais forte e te sacode e no outro dia você acorda num pulo, respira fundo e continua caminhando como se tudo tivesse sido mentira... Mas não foi...
A vida mesmo chega em você e grita: ACORDA PRA VIDA CARALHO.
Eis que surge Amy Winehouse, uma inglesa de 23 anos que possui dois álbuns lançados. O primeiro 'Frank" não embalou. Porém, o mais divulgado e que obteve um grande sucesso de crítica e público foi o majestoso "Back to Black" de Outubro de 2006. O disco foi alvo de um hype impressionante, e até agora ostenta muito frisson. Amy faturou alguns prêmios, como o de Melhor Artista Solo Feminina no British Awards. Não é à toa: a cantora tem uma voz potente e canta como uma diva negra do soul dos anos 50/60. Faz letras remetentes à sua vida. ('I’d rather have myself a smoke my homegrown, It's got me addicted, does more than any dick did')".
Recentemente Lily Allen disse em seu blog, após perder o prêmio do Brit Awards, em um post sentimental sobre ela mesma: “Gorda, feia e pior do que a Amy Winehouse”. Assim, houve o interesse pela artista e a vontade de ouvi-la. E o sentimento ao escuta-la foi singular, deparado com toda sua deslumbrância, um cd que fez jus a todo o alarde.
"Rehab", o single foi sucesso nas rádios britânicas, não é para menos, uma grande canção na qual Amy canta sobre a onda de internações em clínicas de reabilitação de vários artistas e também a ironia da mesma com pedidos para ela se internar, "They tried to make me go to rehab but i said 'no, no, no'". Back to Black é a faixa com mais cara de anos 60. "You Know i'm no good" começa com uma batida marcante e ela se lamenta: "I cheated myself, like I knew I would I told ya, I was troubled, You know that I'm no good".
Amy demonstra uma grande experiência e sabedoria para uma "garota" de 23 anos. Um trabalho com sabor nostálgico, mas, com teor também contemporâneo.
Back to Black
He left no time to regret Kept his dick wet With his same old safe bet Me and my head high And my tears dry Get on without my guy You went back to what you knew So far removed from all that we went through And I tread a troubled track My odds are stacked I'll go back to black
We only said good-bye with words I died a hundred times You go back to her And I go back to.....
I go back to us
I love you much It's not enough You love blow and I love puff
And life is like a pipe And I'm a tiny penny rolling up the walls inside
We only said goodbye with words I died a hundred times You go back to her And I go back to
Black, black, black, black, black, black, black, I go back to I go back to
We only said good-bye with words I died a hundred times You go back to her And I go back to
We only said good-bye with words I died a hundred times You go back to her And I go back to black
Tout doux, tout doux, tout doucement Toujours, tout doux, tout doucement Comme ça La vie c'est épatant
Tout doux, tout doux, tout doucement Toujours, tout doux, tout doucement Comme ça La vie je la comprends
N'allez jamais trop vite Vous aurez tout le temps Attention à la dynamite Prenez garde au volcan, à ces gens énervés Qui ne savent pas aller
Tout doux, tout doux, tout doucement Toujours, tout doux, tout doucement Comme ça En flânant gentiment
N'allez jamais trop vite En aimant simplement Pour avoir de la réussite Soyez très très prudent L'amour alors viendra Se blottir dans vos bras
Tout doux, tout doux, tout doucement Toujours, tout doux, tout doucement Comme ça En flânant gentiment En souriant gentiment En flânant gentiment Tout doucement
Tout Doucement (tradução)
Tudo lento, tudo lento, tudo lentamente Sempre, tudo lento, tudo lentamente Dessa maneira A vida é ótima.
Tudo lento, tudo lento, tudo lentamente Sempre, tudo lento, tudo lentamente Dessa maneira Vida, eu entendo isso.
Nunca vá rápido demais Você tem todo o tempo que precisa Tome cuidado com a dinamite Tome cuidado com os vulcões Com esses jovens nervosos Que não sabem como viver
Tudo lento, tudo lento, tudo lentamente Sempre, tudo lento, tudo lentamente Dessa maneira Passeando de uma maneira bonita
Nunca vá rápido demais Amando simplesmente Para conseguir sucesso Seja muito muito cuidadoso O amor assim chegará E se aconchegará em seus braços
Tudo lento, tudo lento, tudo lentamente Sempre, tudo lento, tudo lentamente Dessa maneira Passeando de uma maneira bonita Sorrindo de uma maneira bonita Passeando de uma maneira Tudo lentamente
Texto da Revista Cult sobre o diretor Ingmar Bergman.... segue ae.
Bergman, face a face com a morte
O pecado e a culpa estão de luto. Morreu sem sofrimento hoje, 30 de julho, seu grande porta-voz, o cineasta sueco Ingmar Bergman, aos 89 anos (completados no dia 14), na sua casa da isolada ilha de Faarö. Mas no enterro estarão também coroas de flores da alienação sexual, da falta de comunicação, dos truques da arte, dos mergulhos no íntimo, da loucura, do mutismo, das viagens ao passado, além do coral das batalhas com Deus. A obra de Bergman usou e abusou desses temas; passando pelo prisma do diretor, transformaram-se em mais de 60 filmes para cinema e TV, que se tornaram sinônimo do cinema de arte em todo o mundo, dos anos 50 até sua "aposentadoria" oficial quando terminou Fanny e Alexander em 1982.
Conforme os críticos e estudiosos, era o Shakespeare do cinema, o Kafka ou o Proust da sétima arte. Os paralelos, sempre com os monstros sagrados da literatura. Isso porque Bergman, uma escola de cinema resumida em um só homem, era um cineasta para quem o filme era uma espécie de literatura em imagens, um autor que, vá lá o lugar comum, respirava cinema desde os tempos em que após os sermões da igreja do pai, rígido pastor luterano, ia aos cinemas de Estocolmo ver filmes de Victor Sjostrom ou Julien Duvivier.
Ganhador de vários Oscars, recebeu da Academia de Hollywood o prêmio Irving Thalberg pelo conjunto da obra. Nos anos 70, Bergman chegou ao auge de sua reputação como cineasta, formando uma santíssima trindade de excelência com o italiano Michelangtelo Antonioni e o francês Alain Resnais. Foi a época em que Woody Allen, apesar do seu Oscar recém-conquistado com Noivo neurótico, noiva nervosa, resolveu filmar Interiores, o primeiro de vários dramas que imitavam Bergman e seu clima sombrio.
Nascido em Upsala, em 14 de julho de 1918, de um pai autoritário e uma mãe carinhosa, o que marcou vários dos personagens de seus filmes, Ingmar tinha mania de brincar com uma lanterna mágica produtora de imagens hipnóticas. Não por acaso chamou sua autobiografia de A lanterna mágica. Foi uma revelação desde seus dias de autor estreante no teatro universitário de Estocolmo. Efetivamente, dedicou-se ao teatro, chefiando companhias em Malmoe e na capital sueca, conquistando a reputação de grande encenador de clássicos. O trabalho teatral ocupava nove meses de seus anos; nas suas férias de verão, ele se entregava ao cinema.
Não poucos atores ou técnicos sempre lembraram da sua personalidade hipnótica num set de filmagens. Tudo começou no principal estúdio sueco, Svensk Filmindustri, onde foi procurar emprego de roteirista em começos dos anos 40. Bergman reconheceu que sua ida para o cinema, na época, foi motivada pelo dinheiro. Ele já tinha filhos e ex-mulheres. "Eu era muito pobre então.Uma boa parte dos meus filmes do começo veio da falta de dinheiro."
Falando em ex-mulheres, Bergman era um grande mulherengo. A ponto de, ao fazer a comédia Para não falar de todas essas mulheres, as fofocas dizerem que tinha sido amante das sete atrizes principais. Teve cinco esposas, nove filhos (os conhecidos) e muitas namoradas, algumas das quais transformou em estrelas. A primeira delas foi a jovem Harriet Andersson, de Mônica e o desejo e Noites de circo. Bibi Andersson destacou-se como a musa do cineasta nos anos 50. Encontrou Liv Ullmann em 1964 e dela extraiu uma interpretação magnífica em Persona. Liv foi sua inspiração na década de 70 e ela estrelou obras-primas como o seriado de TV (depois filme) Cenas de um casamento. Além de dirigir os filmes baseados nos dois últimos roteiros de Bergman e de estrelar sua despedida com um filme para TV, Sarabanda, uma espécie de continuação de Cenas de um Casamento.
Seus principais atores ganharam o mundo: Max Von Sydow, Liv Ullmann, Bibi Andersson, Ingrid Thulin, Lena Olin. E Bergman teve de ir para a Noruega e a Alemanha, depois de um problema de impostos com o governo sueco. Lá filmou O ovo da serpente, Sonata de outono (com Ingrid Bergman) e Da Vida das Marionetes. Acabou, porém, voltando ao solo natal, indo morar na retirada ilha de Faarö. Parou de fazer cinema em meados dos 80, limitando-se ao teatro. Escreveu roteiros que foram filmados por Liv Ullmann, seu filho Daniel e Bille August.
Mas mesmo um Bergman não mantém sua reputação sem produzir algumas obras-primas por ano. Ficou como um nome na história do cinema, à medida que outros estilos e outras modas apareciam e desapareciam. Elementos de seus filmes como a visão dos males da alma e a angústia humana diante da morte foram usados à exaustão até pelos que o detratavam.
Começaram a dizer que seus filmes eram teatrais, rígidos, sem lembrar dos prazeres que eles proporcionam, a partir da magnífica fotografia de Sven Nykvist, das fantásticas interpretações como a de Victor Sjostrom em Morangos silvestres, do clima malicioso e irreverente de Silêncios de uma noite de verão, da presença do Mal em O ovo da serpente. Seria possível evocar obras-primas como Gritos e sussurros, O Rosto, Através de um Espelho, A fonte da donzela, A Paixão de Ana e muito mais para responder a esses críticos que privilegiam aspectos superficiais do cinema. Para eles, a resposta dos filmes do sueco é a sobrevida da obra de arte. Grande arte.
O cinema mundial, que registrou na segunda-feira a morte do cineasta sueco Ingmar Bergman, perdeu outro grande mestre: o italiano Michelangelo Antonioni, o chamado gênio da incomunicabilidade, que marcou a história do cinema com filmes "Blow up - Depois daquele beijo", "O dilema de uma vida" e "Zabriskie Point".
Antonioni, ícone do cinema introspectivo, que desde meados dos anos 80 estava paralisado em uma cadeira de rodas devido a um derrame cerebral, morreu na noite de segunda-feira aos 94 anos, em sua residência em Roma, rodeado por familiares.
"Ele morreu calmamente, em sua cadeira, ao lado de sua esposa Enrica Fico", anunciou a imprensa italiana.
A capela ardente será instalada nesta quarta-feira na sala da Promoteca do Parlamento de Roma, onde serão prestadas homenagens ao cineasta.
Antonioni será sepultado na quinta-feira, em Ferrara (norte do país), onde nasceu em 29 de setembro de 1912 e onde começou sua carreira com documentários dedicados às populações que viviam próximas ao rio Po, "Gente del Po", terminado em 1947.
"Desaparece um dos maiores diretores do cinema, um mestre da modernidade", afirmou o juiz de Roma, Walter Veltroni, um conhecido crítico cinematográfico.
A morte de Antonioni ocorreu no mesmo dia em que faleceu o grande mestre sueco Ingmar Bergman, e deixa o cinema órfão de dois de seus principais criadores.
"Eram os intérpretes dessa angústia que afeta o mundo contemporâneo, dos sentimentos do mundo pós-guerra", comentou à AFP o historiador italiano especializado em cinema, Aldo Tassone.
Seu cinema, marcado pela obsessão da imagem e a busca de uma linguagem formal e estética, com cenas longas e lentas, servia na realidade para indagar o mundo interior de seus personagens, em um espaço enigmático.
Filmes como "O dilema de uma vida" (1964), "Blow Up - Depois daquele beijo", adaptação de um conto de Julio Cortázar, sobre o inquietante descoberta de um crime graça a uma fotografia, e "Profissão: repórter" marcaram a história do cinema.
Diretor de cerca de 20 filmes, recebeu vários prêmios ao longo de sua carreira, entre eles o Leão de Ouro da Mostra de Veneza, em 1964, por "O dilema de uma vida" e a Palma de Ouro do Festival de Cannes (França) em 1967 por "Blow Up - Depois daquele beijo".
Antonioni também obteve o prêmio especial do júri em Cannes, em 1982, por "Identificação de uma mulher" e o Oscar de Hollywood em 1995 pelo conjunto de sua carreira, assim como o Leão de Ouro, pelo mesmo motivo, em Veneza, no ano de 1997.
Nascido em uma família burguesa, economista de formação, iniciou sua carreira como crítico de cinema no Centro Experimental de Cinema de Roma, o centro do cinema italiano e do antifacismo.
Grande intelectual, autor e co-autor da maioria dos seus scripts, entre eles "O eclipse", interpretado pela sua atriz favorita, Monica Vitti, também companheira sentimental por vários anos.
Depois de 13 anos sem poder se mexer e privado da fala em conseqüência de um derrame cerebral, Antonioni dirigiu, junto com Wim Wenders, "Além das nuvens" (1995), filme que obteve dois prêmios no Festival de Veneza desse ano.
Ao completar 90 anos em setembro de 2002, já bastante doente, foi homenageado em Roma pela comunidade de cinema italiano com uma comemoração especial.
Nos últimos anos retornou à direção, ajudado por sua esposa, para realizar dois filmes: um documentário sobre a restauração do Moisés de Michelângelo em 2004 e com um episódio do filme "Eros", apresentado no Festival de Veneza nesse mesmo ano.
O episódio foi tão ousado que o produtor francês teve que cortar três minutos de uma cena em que a protagonista feminina se masturbava.
O lendário cineasta sueco Ingmar Bergman, que influenciou gerações de cinéfilos com suas obras sombrias sobre temas como a morte e os tormentos sexuais, morreu nesta segunda-feira, aos 89 anos.
Sua filha Eva disse à agência sueca de notícias TT que o diretor e roteirista autodidata morreu em sua casa, na ilha de Faro, no mar Báltico.
Entre seus filmes mais conhecidos estão "Morangos Silvestres", "Cenas de um Casamento" e "Fanny e Alexander", vencedor de quatro Oscars. Esses filmes ajudaram a tornar a Suécia mundialmente associada à melancolia, mas fizeram de Bergman um mestre do cinema mundial.
Ao longo da carreira, ele realizou 54 filmes, 126 produções teatrais e 39 peças de rádio, além de programas para TV.
Suas obras-primas frequentemente lidavam com a confusão sexual, a solidão e a vã busca pelo sentido da vida -- temas que muitos atribuíam a uma infância traumática, quando ele era agredido pelo pai.
"Ele era um dos grandes", disse por telefone Jorn Donner, produtor de "Fanny e Alexander". "Eu o conhecia havia mais de 50 anos."
A vida particular de Bergman também costumava colocá-lo sob os holofotes. Casou-se cinco vezes, com mulheres bonitas e talentosas, e teve relacionamento com suas principais atrizes.
Em 2001, disse à Reuters, numa rara entrevista, que seus demônios pessoais haviam atormentado e inspirado sua vida inteira.
"Os demônios são inumeráveis, aparecem nos momentos mais inconvenientes e criam pânico e terror", disse Bergman na época. "Mas aprendi que, se eu puder dominar essas forças negativas e colocar arreios nelas, elas podem funcionar em meu benefício."
O jovem Bergman, que passou uma infância doentia, costumava apanhar do pai, um pastor luterano.
Em 1956, Bergman obteve reconhecimento internacional com "O Sétimo Selo", no qual está a clássica cena em que o cavaleiro medieval, à procura de Deus e do sentido da vida, joga xadrez com a morte. No ano seguinte, o filme recebeu o prêmio do júri em Cannes.
Em 1960 e 61, Bergman ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro. Voltaria a receber quatro estatuetas (inclusive, de novo, filme estrangeiro) em 1983, por "Fanny e Alexander", um filme com versões de três e cinco horas.
Depois de "Fanny e Alexander", o diretor anunciou sua aposentadoria do cinema, tendo dirigido apenas alguns especiais de TV, como o elogiado "Saraband", de 2003.
Bergman se estabeleceu na ilha Faro ("das ovelhas"), na costa sudeste da Suécia, depois de rodar sete filmes ali. Todos os verões, a ilha celebra a vida e obra de Bergman.
Policiais armados foram acionados na cidade alemã de Wuppertal depois que uma mulher confundiu um bicho de pelúcia com um criminoso mascarado. Ela retornava, durante a noite, para seu carro em estacionamento quando viu um "criminoso suspeito" em vidro de van estacionada.
Três viaturas com policiais armados foram enviadas ao local e cercaram a van. Dentro do veículo encontra um grande castor de pelúcia, preso com cinto de segurança, segundo a Reuters.
Um porta-voz da polícia local informou que havia dificuldade para ver o brinquedo no escuro, que poderia ter sido confundindo com uma pessoa. Após a descoberta, a mulher admitiu que só havia conseguido vislumbrar o suspeito na escuridão.
Parte coração, aprende que sua missão nessa vida é sofrer. Pobre coração, dói no fundo do peito, dizendo que existe e mostrando que insiste em sofrer, em sofrer! Chore e bate mais forte e as vezes mais manso que eu mesmo não canso de me apaixonar. Bata esse teu direito de gostar de alguém que eu dou um jeito de gostar também. Sou teu companheiro até no sofrer! Mais vez se de vez em quando em vez de chorar, você ri um pouco que é pra compensar toda essa tristeza que é de nós dois!
Diego essa foto é para você que é um grande amigo, mesmo nos conhecendo por tão pouco tempo, sabe que és especial... É sua a culpa de eu me viciar e me apaixonar por ela....